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A Fraude de Cartão de Crédito: Estamos travando uma batalha perdida?

Quão seguros estamos, quando usamos o nosso cartão de crédito, seja online ou nesse mundo de trabalho, que caminha a passos rápidos? Muitas das novas medidas de segurança implementadas para nos manter protegidos, tais como a senha ou o número do chip, podem já não ser suficientes, pois o governo britânico legalizou, efetivamente, as fraudes com cartões de crédito rotineiras, que ocorrem no Reino Unido e os Estados Unidos procuram condenar um ex-agente do serviço secreto, pelo roubo de 40 milhões de identidades de crédito.

Nos E.U.A., o Serviço Secreto cuida dos crimes relacionados com a oferta de dinheiro no país, inclusive dos cartões de crédito, com um limite de US $150.000, antes de ser instaurado um inquérito. Os criminosos são capazes de ficar abaixo do radar, limitando transações a valores abaixo dos US $150.000. O FTC, ou a Comissão Federal de Comércio, cuida de denúncias de fraude de cartão de crédito, paralelamente às autoridades locais. No Reino Unido, a Lei de Fraude foi introduzida em 2006, abrangendo as fraudes que envolvem transações online, cartões de crédito e cheques, e a lei só entrou em vigor em 1 de abril. Isto significa que as vítimas de fraude de cartão de crédito, não podem mais simplesmente receber assistência da polícia, mas devem procurar ajuda do emissor do seu cartão, a fim de decidir se o caso será transferido para as autoridades, para que seja instaurado um inquérito.

Muitos críticos têm questionado se um ou outro sistema vai realmente funcionar, sugerindo que, permitir que criminosos transacionem mais de $150.000 nos Estados Unidos, antes de levantar uma bandeira vermelha, permite que esses criminosos fujam. No Reino Unido, são os bancos que tem a responsabilidade de catalogar os número envolvidos em uma fraude e repassá-los para a polícia, juntamente com toda a evidência que descobrirem, o que é apenas uma maneira de reduzir artificialmente as estatísticas de criminalidade. Pode haver alguma verdade na matéria, entretanto, já que o custo das fraudes com cartões de crédito está subindo para níveis incontroláveis.

No ano passado, a fraude de cartão de crédito custou ao Reino Unido, £610 milhões, cerca de 43% em apenas dois anos, e a maioria desses delitos envolveram telefone, Internet ou compras por correspondência, onde a tecnologia chip-e-senha oferece pouca ou nenhuma proteção. Com cartões falsificados, o custo aumentou substancialmente para £170 milhões, enquanto que o roubo de identidade cresceu quase 40%, custando ao Reino Unido £47.4 milhões. A única queda aparente nos números, parece ser na área de cartões perdidos ou roubados sendo usados nas lojas, desde a introdução da tecnologia chip-e-senha em 2006, com as perdas caindo de £68 para £54 milhões.

Infelizmente, parece que a fraude está se tornando, lentamente, o crime esquecido na Grã-Bretanha, com menos de 400 policiais nos arredores de Londres, dedicados à investigação de fraudes em 2006. E os números só continuam a diminuir. Mike Bowron, Comissário de Polícia de Londres, foi denunciado como dizendo, "é uma prioridade baixa, pois a visibilidade é baixa." No entando, os casos de fraudes incomuns, que estão fora da área de cartão de crédito, cheque e serviços bancários online, serão tratados pela polícia da mesma forma como sempre foram.

Nos E.U., tal como em outros países, a fraude de cartão de crédito aumentou mais de 30% no último ano, segundo o relatório anual do FBI no Centro de Reclamação de Crimes pela Internet. Em 2008, houve 275.284 notificações de crimes na Internet, enquanto no ano anterior, houve 206.884 casos. A maioria das denúncias de crimes pela internet nos E.U., incluindo a fraude de cartão de crédito, é responsável por 66% dos casos no mundo inteiro , cujas queixas foram encaminhados para as autoridades. Após os E.U., o Reino Unido é responsável por apenas 11% das denúncias de crimes na Internet.

Em notícia recente, se você lembra, um homem foi acusado do maior caso de fraude de cartão de crédito e roubo de identidade já ocorrido nos E.U.A. Ironicamente, descobriu-se que a pessoa presa era um hacker que trabalhou previamente para o serviço secreto dos E.U.A. Não só os ladrões de cartão de crédito, nos E.U. tem o conhecimento necessáario para abrir caminho até uma grande soma, mas às vezes são pessoas que tiveram um trabalho legítimo de apanhar ladrões de cartão de crédito. Porque os E.U. tem um grande número de indivíduos altamente treinados, que fazem do rastreamento de ladrões e fraudadores de cartão de crédito um modo de vida, em algum lugar, ao longo da linha, você encontra uma maçã podre. No final, o homem culpado pela maior fraude de cartão de crédito que já houve nos E.U.A., Alberto Gonzales, está esperando ser julgado pelo crime de roubar as identidades de crédito de 40 milhões de pessoas em todo o mundo. Isso vai mostrar que a fraude de cartão de crédito, não importa onde foi iníciada, é facilmente capaz de atingir proporções mundiais.

Só o tempo vai dizer, no entanto, se estas novas regras vão nos ajudar na luta contra a fraude com cartões, e se a polícia vai, finalmente, receber os recursos necessários para pegar estes criminosos e processá-los em toda a extensão da lei.


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