As 3 Principais Áreas Nas Quais o Uso da Tecnologia Pode Estar I

A tecnologia dos dias atuais, pode colocar a sua privacidade em risco. Alguns dizem que nós perdemos a batalha contra a privacidade e que ser "público" é a nova norma social.

Você não é mais capaz de usar algo tão simples como um aplicativo do iPhone sem, potencialmente, informar a sua localização atual. Não só os aplicativos do iPhone estão identificando com precisão a sua localização, como o Google também quer rastrear a sua localização física. O Facebook continua questionável, quando se trata da proteção de informações pessoais. Você pode não saber, mas existem três áreas principais, nas quais o uso da tecnologia pode estar invadindo a sua privacidade, que nós destacamos abaixo.

As três áreas principais onde o uso da tecnologia pode estar invadindo sua privacidade são:

1. Invasões de privacidade do Google

Você já notou uma mensagem verde, que popup no topo de uma página do Google e diz: "http:// [combinação de letras e números].ig.ig.gmodules.com/ quer rastrear sua localização física" ou "http://maps.google.com/ quer rastrear sua localização física" (mostrado na Figura 1. abaixo)? O que é essa barra e para onde é que esse link me leva? Clicando no link, você retorna para o iGoogle, mas ativa a função Latitude App, dentro do Google Chrome (aplicativo do navegador de rede do Google). Esse aplicativo, supostamente solicita informações sobre a sua localização.

Não só essa barra verde popup através do iGoogle, como, aparentemente, ela mostra a si mesma, quando um aplicativo solicita a sua localização. O URL do site é simplesmente o URL desse dispositivo pedindo a sua localização, para que ele possa utilizar essa informação para "melhorar" a sua experiência como usuário.

Figura 1. O popup verde do Google "maps.google.com quer rastrear sua localização física"

Como é que eu sei que o URL na barra verde popup não está sendo falsificado ou me leva a um malware? Você, na verdade, não tem como saber. Os dispositivos do iGoogle podem, essencialmente, alterar ou falsificar os seus títulos, ou até mesmo criar outros para enganar. Basicamente, alguém em quem você não confia, pode escrever um dispositivo ruim e revelar um URL que vai tornar pública a sua localização física. Isso não me parece seguro e nos dá uma coisa a mais para nos preocupar, quando se trata de privacidade. Considerando-se o lado positivo, o Google usa a localização geográfica para reduzir ou parar de a invasão do Gmail.

2. Invasão de Privacidade nas Redes Sociais

No mundo de Tweeting e Facebooking dos dias atuais, as pessoas precisam, no mínimo, ficarem na defensiva e saber o preço que se paga quando as suas informações pessoais circulam livremente (e, na maioria das vezes, inconscientemente), simplesmente para que elas possam desfrutar dos benefícios da socialização cibernética. A pergunta permanece: as redes sociais têm feito o suficiente para aliviar algumas das recentes preocupações sobre a privacidade?

Em Fevereiro deste ano, o GoogleBuzz teve um pesadelo com relação à privacidade, quando o seu serviço estava permitindo que outras pessoas pudessem ver as listas de contatos dos usuários do Gmail. Os usuários afetados ficaram furiosos. O Gmail é amplamente utilizado nos ambientes empresariais, bem como para e-mails pessoais, o que, realmente, sujou esse serviço, durante o tempo em que houve essa questão de privacidade. Basta pensar em quantas informação foram comprometidas, sobre quem-sabe-quem, especialmente no mundo dos negócios. Felizmente, na semana seguinte, esse problema foi corrigido pelo Google.

No ano passado, a FTC (Federal Trade Commission) atualizou as diretrizes de privacidade online. Incluídas nessas mudanças estavam regulamentações para aumentar a transparência e o controle do consumidor, além de uma segurança razoável e a retenção limitada de dados do consumidor. Só que estas diretrizes podem ser uma contradição, no que diz respeito à forma como algumas redes sociais estão conduzindo os seus negócios.

Um outro pesadelo de privacidade, foi quando o Twitter sofreu uma invasão, que permitiu que os hackers obtivessem o controle administrativo do seu serviço. O acesso foi obtido através da invasão de sistemas dos empregados do Twitter, que continham senhas administrativas. Os hackers foram capazes de visualizar endereços de e-mail e outros dados privados do usuário durante a violação, o que mais tarde resultou em tweets falsos, enviados através das contas dos usuários. Quando uma rede social abriga informações valiosas do usuário, a sua segurança deve incluir diretrizes que proíbam os seus funcionários de armazenar senhas de admin.

3. Invasões de Privacidade Nos Telefones Inteligentes

Se tem um iPhone ou um IPAD, você já deve saber o quanto é incômodo ter de decidir se você deve ou não dar permissão para um aplicativo usar os seus dados de localização (mostrado na Figura 2 abaixo). Se você alguma vez pensou que sua privacidade estava sendo invadida por revelar a sua localização para 50% dos aplicativos do iPhone, então você não está sozinho.

Ultimamente, a Apple entrou na linha de fogo, devido a práticas questionáveis, principalmente com relação a preocupações com a privacidade. Você sabia que, de acordo com o Los Angeles Times, a Apple recolhe informações, em tempo real, sobre a localização geográfica dos usuários de iPhones e de iPads? Recentemente, a Apple atualizou a sua política de privacidade, para incluir informações sobre serviços baseados em localização. Isso tem a ver com os aplicativos usando a sua localização física atual. O que a Apple está fazendo com essa informação? Por enquanto, conforme é afirmado na seção "serviços baseados em localização" na política de privacidade da Apple, os dados de localização são coletados de forma anônima. Alguns analistas dizem que isso não é inteiramente verdade.

Figura 2. Aplicativo de mapas do iPhone pedindo para usar a sua localização atual

Quando grandes quantidades de dados são recolhidos, existe uma maneira de reconstruir as informações sobre indivíduos. O The New York Times até revelou uma situação na qual os pesquisadores da Universidade do Texas conseguiram identificar indivíduos pessoalmente, com base em grandes quantidades de dados em um concurso da Netflix. No concurso, todos os dados foram retirados de nomes e de outras informações diretas de identificação, mas os pesquisadores foram capazes de "desanônimizar" os dados, análisando estatísticamente as características de classificação de filmes e recomendações de um indivíduo.

Você sempre opta por não fornecer dados de localização, quando utiliza o seu telefone inteligente? Você está ciente de que quando navega online, usando o computador ou o telefone inteligente, você não está tão anónimo quanto pensa? Depois de ler este artigo, você está hesitando mais para ceder certas informações pessoais, em troca de usar um serviço gratuito ou um aplicativo? Você acha que a luta para proteger a sua privacidade online é uma batalha perdida?